O livro História da alimentação no Brasil - Luis da Câmara Cascudo - ED. 2004 é descrito claramente que a região nordestina foi o abre-alas para Pedro Alvares Cabral e sua capitânia:
" Sabemos que a data do primeiro contato dos brasileiros baianos com a comida européia, sexta-feira, 24 de Abril. dos tupiniquins são levados à nau-capitânia e recebidos com aparato[...]
Foi assim que novo país foi colonizado e assim que iniciou-se aquilo que hoje chamamos de Brasil, apesar que a região foi dispulta acirrada por estas terras por povos franceses, holandeses e ingleses que aos poucos foram deixando alguns de seus costumes, todavia a maior influência que vemos é a africana (devido o grande fluxo dos navios negreiros)
Hoje, a região nordestina é compostas dos Estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte, todos, compondo a Gastronomia que é muito rica de pescados frutas, folhas, especiarias e o típico dendê.
A região é banhada pelo oceâno Atlântico demonstrando a abundância de pescados e frutos do mar que a região possui.
As influencias africanas são claramente vistas, podemos perceber nos famosos Vatápa, Carurú, Xinxims, as moquecas, cadeiradas e nas especiarias.
Mais não é só frutos do mar que o nordeste é composto, as carne secas, os jabás e a carne de sol
CARNE SECA
Diferencia-se da carne-de-sol por ser mais seca, mais
salgada e por ter tempo de cura maior. É produzida em escala industrial, leva
conservantes como nitrito-nitrato, que lhe dá cor avermelhada e é facilmente
encontrada nos mercados sob o rótulo de jerked beef (é engraçado imaginar um
sertanejo pronunciando essas palavras). É a mais consumida fora do Nordeste,
sendo ideal para o preparo da feijoada, cozidos e também pode ser desfiada e
utilizada em inúmeros recheios de canapés.
Hoje, compartilho com todos uma receita muito clássica o Acarajé e tambem o Vatapá
VATAPÁ
Ingredientes:
Camarão seco salgado grande - 200 g
Farinha de trigo – q.b.
Água – 300 mililitros
Cebola brunoise - 80 g
Tomate concassé em cubos pequenos – 100g
Pimentão verde brunoise - 15 g
Pimentão vermelho brunoise - 15 g
Coentro fresco picado - Q.B.
Cebolinha fresca picada
- Q.B.
Leite de coco – 80 mililitros
Pimenta de cheiro do Pará - Q.B.
Azeite de dendê – 10 mililitros
Óleo de milho – 15 mililitros
Cascas e cabeça do camarão seco demolhada - Q.B.
Modo de preparo:
- Tirar a casca, as perninhas do camarão e a cabeça e reservar.
- Os camarões limpos, deixar de molho em água, durante 15 minutos
- Aferventar
as cascas e cabeças do camarão seco com 300 ml de água. Coar e reservar o
caldo. Após, verificar se está com muito sal.
- Suar
no óleo os pimentões, as cebolas e os tomates e acrescentar a metade dos
camarões, refogar por mais ou menos 3 minutos.
- Juntar
a metade do caldo do cozimento dos camarões; 150 ml.
- Na
outra metade do caldo frio, dissolver a farinha de trigo e reservar.
- Quando
os ingredientes anteriores começarem a ferver, acrescentar a farinha
diluída anteriormente mexendo sem parar, levar à fervura novamente por
mais 10 minutos e acrescentar o restante dos camarões, o azeite de dendê,
o leite de coco e a pimenta.
- Acrescentar
a cebolinha e o coentro por último.
ACARAJÉ
Farinha de feijão fradinho – 170 g
Cebola (ralada)– 30 g
Água – 130 mililitros
Sal refinado – Q.B.
Azeite de dendê – 80 mililitros
Óleo de soja – 200 mililitros
Papel toalha para secar os acarajés
Método de preparo:
Processar a farinha de feijão com a água e a cebola picada e
reservar.
Bater a mistura processada com uma colher, na braçada,
encostando no tórax e bater até ela ficar bem fofa ( e fazer puff).Colocar o azeite de dendê e o óleo de soja no fogo. Quando esquentar (momento que se coloca 1 palito de fósforo e ele acende), fritar as bolinhas de acarajé como queneles, feitas com duas colheres de sopa, deixando até dourar.
Escorrer em papel toalha.
- Encha seu bucho bixin!
Bom apetite
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