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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Uma maravilha chamada: Pudim de Leite Condensado


Pudim de Leite Condensado - Arquivo Pessoal

Em um mundo gastronômico com os olhos voltados para os doces de vitrine, algo ainda me chama à atenção tanto quanto qualquer outro item da confeitaria mundial.

Ainda me lembro de tantos dias em que minha mãe e minha vó preparam o tão famoso pudim de leite condensado. Esse custard tão brasileiro é o fiel companheiro em todas as confraternizações familiares. Há quem diga não morrer de amores pelo pudim. É, só pode ser doente mesmo?!

Eu particularmente amo pudim de leite condensado.É o meu doce predileto. É o doce que faço questão de fazê-lo para as pessoas que amo.

É simples, é bonito e elegante. É o pudim!

Claro que há regras para prepará-lo. Pra mim o pudim perfeito é sem furinhos, liso, uniforme, com uma calda brilhante e não muito escura. Para isto acontecer, segue a receita ai embaixo:


PUDIM DE LEITE CONDENSADO

500 ml de Leite Integral
1 lata de Leite Condensado
12 gemas
200 gramas de açúcar
200 gramas de água (1) + 100 ml de água quente (2)

MODO DE PREPARO

1 - Preparar um caramelo com o açúcar (1) e a água. Quando o caramelo atingir 167 cº, acrescentar a água (2) e voltar ao fogo para o ponto.

2 - Após a calda pronta, acrescentá-la na forma e levar para a geladeira por 10min.

3 - Peneirar as gemas

4 - Misturas (sem mexer) o leite condensado e o leite

5 - Acrescentar as gemas (sem mexer) na mistura de leite.

6 - Peneirar a mistura por 3 vezes para homogenizar. 

7 - Despejar a mistura sobre a forma caramelizada e levar ao forno baixo (180ºC convencional ou 160ºC Turbo) por 1 hora ou até que esteja levemente dourado.

8 - Levar para geladeira por 5 horas ou até que esteja firme.

9 - Sirva com uma bela camada de doce de leite.



quinta-feira, 17 de março de 2016

A verdadeira Trufa

Confesso que tinha medo em trabalhar com chocolate. Medo este que ficou pra trás após o módulo de Chocolate no curso de pós-graduação. Que módulo incrível!

A gente sabe que a aula foi boa quando, por acaso, o medo de produzir algo vai embora e dá lugar a confiança. Essa sim é a garantia de que a aula foi excelente e que você  se saiu acima do esperado. 

Fazer trufas é algo relativamente fácil. Exige sim, cuidados básicos da produção de chocolates. Nada capcioso. Apenas concentração. 

Não serei prolixo neste postagem, porque as trufas merecem (e com toda razão) brilharem sozinhas. Sem textos longos, sem explicações.



RECEITA:

Ingredientes:

200 gramas de creme de leite fresco
60 gramas de Glucose
410 gramas de meio chocolate amargo 
40 ml de rum envelhecido
15 gramas de manteiga integral sem sal
100 gramas de cacau em pó


Modo de Preparo:

1 - Em uma panela ferver o creme de leite com a glucose de milho
2 - Derreter o chocolate meio amargo e misturar com o creme de leite
3 - Adicionar a manteiga e o rum e misturar até ficar bem homogêneo 
4 - Reservar por 12 horas coberto com filme plastico em temperatura ambiente. 
5 - Enrolar as trufas (de 10 a 12 gramas) e role-as em cacau em pó
6 - Retirar o excesso de cacau. 
7 - Servir Gelado






sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

"Custârds" - E um novo caminho sendo traçado


Creme Brulée de pistache
Não poderia iniciar essa postagem sem antes desejar a todos os leitores deste blog um feliz 2016 repleto de alegrias, e é claro, boas comidas, bebidas, casas para visitar... Só tenho a agradecer a tantas visitas e feedback's positivos que recebo. Ano passado, o blog cresceu cerca de 60% e tudo isso graças a vocês que acompanham tudo o que escrevo aqui. A vocês, meu muito obrigado!

Estar mais um ano a frente deste projeto me dá muito mais forças de continuar a caminhada. Assumo, não é fácil manter um blog ativo, existem prioridades que precisam ser reencaixadas para que sua página não fique abandonada, além de muitas estratégias e tal.

Este ano o @blogAprendizdeChef não será diferente. A forma de postagem dos textos e minha atenção para blog continuará exatamente igual. Haverão muitas novidades fresquinhas chegando, mas.. aguardem.

Ano passado foi muito importante pra mim. Iniciei mais um curso de pós-graduação, só que desta vez na área que realmente nasci para fazer isso: Pós-graduação em Confeitaria e Panificação. Certo ou não, sei que o curso é fantástico e estou aprendendo além do comum. 

Todo estudante de gastronomia precisa encontrar seu caminho. Ninguém, em hipótese alguma, dominará todas as técnicas profundamente. Alguns nasceram para determinada áreas, outros descobriram com o tempo. Fato é que todos temos um caminho, basta aceitarmos e seguirmos em constante estudo e melhoria. 

Foi assim que decidi aceitar que eu era da confeitaria e panificação. Foi após várias amigos me convencerem e então decidi que iria me especializar e ser um confeiteiro ou padeiro. E não me arrependo. 

Bem... já que meu caminho foi traçado. Vamos a parte que mais interessa. Hoje falarei sobre "Custârds"

Custârds são cremes espessados por ovos. Mas precisamente são cremes que possuem ovos como base e agentes especificantes. Há exemplo de custârds clássicos temos o creme pâtissière, já ensinado aqui, creme inglês (ou anglaise), creme brulee, creme caramel, e por ai vai..

Custârd's espessados no fogo: creme anglaise, creme chinoust e creme legère
 Existem dois tipos de "Custârds". Aqueles que são espessados no fogo e aqueles espessados no forno. Os espessados no fogo são aqueles que sofrem o processo de temperagem* e logo após são novamente levados para o fogo para que espessem. Alguns precisam de cuidados especiais neste processo, uma vez que os ovos começam a coagular a partir de 60ºc. Os "custârds" espessados no fogo geralmente levam em torno de 15% de açúcar em relação ao líquido em sua composição, uma vez que este tem o poder de proteger as gemas durante o aumento da temperatura. Já os "Custârds" espessados no forno são aqueles assados em sua grande maioria em banho-maria, e após, levados a geladeira para que firmem. Em sua composição, levam em torno de 25% de açúcar em relação ao liquido, já que como são assados no forno, seria impossível o controle da temperatura das gemas. Todo "Custârd" assado sempre será firmado na geladeira. 

Hoje foi divulgar a receita de um clássico da confeitaria francesa. O famoso creme brulée. Sucesso nas casas francesas em todo o Brasil, esse simples doce tomou seu lugar e hoje é servido em várias casas, desde restaurantes estrelados até em cafeterias mais simples. 

O Brulée nada mais é do que um creme derivado do creme anglaise. Creme brulée traduzido significa um "creme queimado" (brûlé = queimado/queimar). Não preciso explicar o porquê ele tem esse nome, né?!

Tradicionalmente é feito de baunilha, porém, recebe muito bem qualquer outro sabor ou aromatizante. Basta adaptar a receita para o sabor pretendido. 

É uma das minhas sobremesas prediletas. E por isso, não poderia deixar de divulgar essa receita pra vocês. A receita divulgada é de um sabor que está tomando conta nesses últimos dias: Pistache.

Crème Brulée de Pistache

250 gramas de creme de leite fresco
250 ml de leite integral
120 gramas de açúcar refinado
100 gramas de gemas
50 gramas de pasta de pistache
50 gramas de açúcar cristal (para polvilhar e queimar)


Modo de Preparo:

1. Ferver o leite, creme de leite e metade do açúcar
2. Bater as gemas com o restante do açúcar até ficar esbranquiçado 
3. Fazer a temperagem e despejar por cima da pasta de pistache
4. Distribuir o creme em ramequins**
5 . Levar ao forno em banho-maria a 120ºc por cerca de uma hora. Gelar por duas horas
6. Polvilhar açúcar cristal e queimar com o maçarico
7. Gelar por mais 10 minutos no freezer antes de servir

* Temperagem: processo que consiste em igualar a temperatura do leite e das gemas. Deve-se verter1/3 do leite sobre as gemas, e por conseguinte, os outros 2/3 restantes aos poucos. 

**Ramequins: qualquer recipiente que possa ser levado ao forno e posteriormente servido à mesa. 





segunda-feira, 20 de julho de 2015

Pão Português: um fado gastronômico



Há dias venho estudando o que escrever nessa postagem, talvez pela falta de tempo e um cansado acima do comum. Além disso, falar de Pão Português me faz lembrar de algo tão importante para mim. Enfim...

A primeira vez que fiz esse pão foi ainda na Faculdade. A ideia inicial era servir com um caldo verde e algumas alheiras besuntadas de azeite e levadas ao forno, isso tudo em duas horas para uma avaliação sobre cozinhas clássicas Europeias. Sorte ou não, tudo o que pretendi fazer deu certo e dentro do tempo. Ainda posso ver o rosto da professora pedindo para levar um dos pães que haviam sobrados, evidente que permiti que deixasse levar meu "filho".

Durante esses dias venho treinando constantemente panificação. Isso porquê estou muito prestes a ingressar em mais uma pós-graduação e dessa vez em algo que amo além da conta, Confeitaria e Panificação. Ansiedade a mais de mil por hora, mas está chegando a hora. Fato é que eu estudarei e terei ainda mais conteúdo para divulgar no blog, ou seja, meus leitores também serão beneficiados.

Bem, nesse clima que antecede a pós-graduação, vou divulgar a receita de Pão Português. Ainda posso lembrar a salivação excessiva que causei no condomínio que moro. É... e para qualquer cozinheiro, essa é a melhor coisa que existe.



Sem muitas delongas, vamos para a receita:

MASSA

800 gramas de Farinha de Trigo
20 gramas de Sal
8 gramas de melhorador para pães
36 gramas de fermento biológico fresco
+- 400 ml de água
50 ml de azeite

MODO DE PREPARO

1 - Misturar a Farinha, Fermento e Melhorador
2 - Misturar os demais ingredientes
3 - Proceder a sova pelo método direto (Aprox. 20min de sova)
4 - Dispor a massa em um recipiente untado com azeite
5 - Deixar descansar por aproximadamente 50min a 60min
6 - Dividir a massa e modelar (boleamento, bengala ou cacête)
7 - Levar novamente para fermentação final por aproximadamente 1 hora.
8 - Faça cortes decorativos na massa e dentro dos cortes acrescentar manteiga e polvilhar farinha sobre a pestana
9 - Levar ao forno pré-aquecido a 200ºc  por 30 a 40 minutos




   

quinta-feira, 9 de julho de 2015

"Parfait": Perfeito até no nome

"Parfait" de Amora

Meus queridos leitores, não poderia começar essa postagem sem agradecer a todos pelas 11.000 visitas no blog. É tão legal e estimulante acompanhar as constante e crescentes visitas diárias no blog. Para mim, isso é um estimulo a mais para continuar com o projeto. E ele vai continuar. \o/ \o/

Como um bom gastrônomo, procuro acompanhar (quando posso) todos os programas de televisão gastronômicos. Acho interessante os assuntos abordados e as provas propostas pelos jurados. Isso tudo me faz lembrar meu inicio na gastronomia, quando ainda ficava perdido nas aulas do curso no SENAC, além de não conseguir assimilar muito a diferença entre um corte e outro, entre um creme patissiére e inglês, e por aí vai... Acompanhar esses programas de televisão me faz compreender o "boom" que a gastronomia mundial sofreu nos últimos anos. Hoje em dia os programas televisivos deixaram de ser meros ensinos culinários voltados a dona de casa, há vários outros formatos de programas que vão desde competições entre chef's, aspirantes e amadores, programas de confeitaria, programas de técnicas de cozinha, reformas de restaurantes, e etc...

Um  programa que me chama muito a atenção é o MasterChef; Não, não pensem que esse amor por esse programa surgiu após a sua exibição brasileira; ao contrário, acompanho desde uma das primeiras exibições na televisão internacional.

Mas confesso: a versão brasileira me chama muito a atenção. Talvez isso aconteça devido a admiração que tenho pelos jurados Erick Jacquin, Henrique Fogaça e Paolla Carosella, isso devido eles fazerem excelentes trabalhos na gastronomia brasileira, cada um em seu estilo de cozinha.

Na semana passada, foi proposto aos competidores que fizessem um creme patissiére. Simples para alguns, mas foi a maior confusão na cozinha. Alguns deles se saíram super bem, outros nem tanto. Dádiva disto foi a mini-aula com o chef Fabrice Le Nud, que mostrou o passo-a-passo do tão famoso creme de confeiteiro.

Isso me fez lembrar algo que provei a muito tempo atrás e resolvi adaptar.

O "Parfait" é uma sobremesa muito comum na Inglaterra e Estados Unidos. Basicamente sua montagem é em uma taça alternando camadas de sorvete e calda de frutas.

Originalmente, era congelado e aromatizado com café, além de montado em moldes. Conheci inicialmente o Parfait lendo o blog ThinkFood. Na época, o Diego fez algo montado em uma calha e ficou lindo. Repeti a receita umas duas vezes em casa e deu super certo. Depois disso, procurei algo que referenciasse os EUA e Inglaterra. E cá está.

Agora, talvez você esteja lendo e não entendo nada. Calma, vou te explicar. Quem já cozinhou comigo sabe que gosto de misturar sabores, aromas, temperos e etc. Essas peripécias gastronômicas acontecem mais na confeitaria. E vamos combinar: todo mundo faz isso!

Além das camadas de sorvete e calda de frutas, resolvi agregar um derivado do creme patissiere. Alá Creme Diplomata.
O Diplomata, nada mais é do que agregar uma parte de creme de leite fresco batido ao creme patisserie. Particularmente eu gosto de comer esse creme até de colher. É muito bom mesmo.

Assim, para que o parfait fique mais perfeito do que já é, resolvi agregar uma camada de creme diplomata. E olha... ficou incrível.

Vocês vão gostar!

PARA O CREME DIPLOMATA

1 litro de leite
8  gemas
2 ovos
100 gramas de amido de milho
280 gramas de açúcar
1 fava de baunilha (somente o conteúdo interno)
250 gramas de creme de leite batido meio ponto

PREPARO

1 - Ferver o leite com metade do açúcar e a baunilha
2 -  Em um bowl bater com um fouet o açúcar restante com os ovos e gemas
3 - Agregar o amido de milho peneirado
4 - Verter 1/3 da mistura de leite quente sobre as gemas e bater rapidamente com o fouet (esse processo chama-se temperagem)
5 - Retornar toda a mistura de gemas para o leite restante e voltar ao fogo
6 - Continue mexendo o creme em fogo médio por aproximadamente 5 minutos ou até engrossar
7 - Você terá um CREME PATISSIERE

FINALIZAÇÃO

1 - Após o creme esfriar, agregue o creme de leite batido em movimentos circulares, de baixo para cima, de forma leve sem bater


PARA A CALDA

200 gramas de de amoras frescas
1 xícara de açúcar
1 xícara de água

PREPARO

1 - Em fogo médio, agregar todos os ingredientes, misturando as vezes por 25min
2 - Resfriar e reservar


PARA O PARFAIT

1 - Creme Diplomata
2 - Calda de amoras
3 - Sorvete de creme.
4 - Pedaços de amora cortados em cubinhos (brunoise)


MONTAGEM

Em uma taça flute, alternar camadas de sorvete de creme, calda de amoras, frutas e creme diplomata. Para finalização, faça uma decoração com o pico pitanga com chantilly e calda de amoras.

Dicas: Para crocâcia, acrescentar Biscoito de Maisena triturados com manteiga, Leve ao forno médio por 15min, esfarelar e fazer uma farofa; ou ainda Praliné.


Espero que gostem.

Abraços









sábado, 6 de junho de 2015

Pão + Batata = Uma paixão incessante


Pão de Batata com Frango e Catupiry - Arquivo Pessoal

Há duas coisas que amo incessantemente: pão de batata e paella; duas paixões incompreendidas que me fazem suspirar a cada vez que encontro algum lugar que sirva, com perfeição, essas duas delicias. E cá pra nós, não é tão fácil encontrar?!

Durante muito tempo, procurei em vários lugares alguma padaria, lanchonete e afins que servisse um pão de batata perfeito como manda o figurino (crocante por fora, macio por dentro, recheio impregnante). Foi difícil, trabalho árduo, e por fim, encontrei alguns estabelecimentos que possuem um bom pão de batata.

Toda vez que faço ou como um bom pão de batata me faz lembrar os memoráveis tempos da faculdade. Talvez esse feito seja dado a primeira experiência (quase frustrante) com esse tipo de pão, quando fiz nas aulas de panificação na Faculdade. Na época, as aulas eram ministradas pelo Chef Boulangerie e Patisserie Diego Barreto, e uma das principais características das aulas do Chef eram a seriedade e comprometimento com o alimento.

Durante algumas aulas na Faculdade, não tinha o costume de ler a ficha técnica e o plano de ataque enviado pelos professores, era um erro e sabia que um dia poderia complicar alguma preparação. Por sorte, o erro veio nas aulas de panificação. Quando estávamos preparando o pão de batata, verifiquei na ficha técnica que o método de preparação era o direto, não tive dúvidas, agreguei todos os itens do mise-en-place a massa, e logo percebi, que algo estava errado. Chamei o Chef para verificar o que poderia estar acontecendo, quando ele se aproximou logo percebeu que estava faltando um dos itens do recheio: o catupiry. Pois é, queridos leitores, por um descuido misturei o catupiry na massa, o que causou um desequilíbrio no método. Imediatamente, o Chef  Diego conseguiu salvar a massa.

Aproveitarei o relato do ocorrido, para exemplificar algumas dicas para alguns aprendizes e aspirantes a cozinheiros. Infelizmente, aprendi a executá-las após um erro quase irreparável, e espero que meus leitores não tenham uma experiência desastrosa. E por isso, elaborei um plano com 3 dicas para que o sucesso das receitas possa ser garantido, são eles:

1 - ESTUDAR A RECEITA COM ANTECEDÊNCIA: Antes de executá-la, estude todos os detalhes da receita, plano de ataque, ficha técnica, etc. nunca execute uma preparação sem ao menos conhecê-la ou seu resultado poderá ser inesperado.

2 -VERIFICAR SEU MISE-EN-PLACE: Nunca é demais conferir seu mise-en-place. Algumas dicas já publiquei anteriormente aqui

3 - PESQUISAR OS RESULTADOS QUE DESEJA ALCANÇAR: Pesquisa na internet imagens da preparação e algumas dicas para melhorar ou agregar novos sabores.

Essas 3 dias me ajudam muito a encarar uma receita nova, ou ainda agregar novos sabores as preparações que estou mais acostumado a produzir.

Após essa quase experiência desastrosa, continue a persistir em acertar a receita. E foram 6 tentativas, com 100% de aproveitamento.

Fiz pão de batata com vários recheios:calabresa com muçarela, peito de peru com tomate seco, quatro queijos e o tradicional frango com catupiry. Todos ficaram ótimos (crocante por fora, macio por dentro e recheio impregnante).
Pão de Batata assando - Arquivo Pessoal

Como de costume, vou divulgar a receita dessa maravilha que enche a boca. Com o tradicional frango e catupiry. Vamos lá:

INGREDIENTES:

PARA A MASSA:

320 gramas de Batata Cozida
480 gramas de Farinha de Trigo
40 gramas de óleo
100 gramas de Ovos (2 ovos grandes)
20 gramas de Sal
32 gramas de Açúcar Refinado
32 gramas de Fermento Biológico Fresco
60 gramas de Leite (aproximadamente) 
8 gramas de Melhorador para pães

PARA O RECHEIO

2 - Peitos de Frango cozidos, desfiados e temperados à gosto (Recomendo: cebola, alho, sal, pimenta, páprica, cominho e salsa.
400 gramas de de queijo catupiry


MODO DE PREPARO:

1 - Cozinhar as batatas, amassá-las e deixar esfriar. 

OBS: Para cozinhar as batatas de forma rápida, higiênica e prática: Lavar e secar as batatas, embrulhar em filme plástico, furar com um garfo, levar ao forno micro-ondas por 4 minutos de cada lado, descascar, espremer e deixar esfriar.

2 - Misturar a Farinha + Batata + Fermento + Ovos + Melhorador e misturar por alguns minutos

3 - Agregar o Sal e Açúcar Refinado.

4 - Acrescentar aos poucos o Leite. Proceder a sova da massa até atingir o ponto do véu do glúten (apróximadamente 15 a 20 minutos)

5 - Deixar a massa descansar e crescer por 30 a 40 minutos

6 - Sovar novamente por 2 minutos. Porcionar a massa em bolinhas de 70 gramas, abrir com um rolo, rechear e dar o formado boleado.

7 - Deixar fermentar por 50 minutos

8 - Pincelar com Egg Wash (1 ovo + 35ml de água) os pãezinhos e assar em forno pré-aquecido a 210°C de 35 a 45 minutos.

Dedico essa postagem a minha amiga Chef Gabriela Grando. 





sexta-feira, 3 de abril de 2015

Era uma vez... Um "Fast-Food" Francês


Costumo dizer que para que eu indique um restaurante para algum amigo, necessário é que eu pense na casa, pelo menos, duas vezes na semana. Foi essa a forma que idealizei para enumerar em minha lista de preferências os restaurantes que considero importantes para minha pessoa. E confesso que esse método me ajuda, e muito!

Nas minhas andanças por São Paulo, procuro não me limitar ao Confort Food, ao contrário, gosto de coisas novas, lugares novos, pessoas novas... Mas vai além disso, gosto de conhecer lugares pequenos e descobrir o que há de melhor naquele estabelecimento (essa regra só vale para restaurantes).

Essa semana tive a certeza de que esse restaurante (que eu vinha sondando há um tempo) merecia uma publicação e também uma indicação no blog. Na verdade, esse restaurante já estava conquistando meu coração, mas precisei que uma amiga me convidasse para conhecê-lo.

É no meio de restaurantes conhecidos como:  "Divino Fogão", "Spoleto", "Risotto Mix"... que encontramos um "petit" restaurante francês chamado: "Bistrô 55".

Logotipo Bistro 55 - Imagem retirada da página oficial no Facebook
Localizado dentro de um dos shoppings da avenida mais importante da cidade de São Paulo, o Bistrô 55 é um restaurante do tipo Fast-Food, ou seja, serve alguns pratos da cozinha francesa de forma rápida e prática.

Faz parte da hospitalidade francesa, prestar um atendimento bom ao cliente de seu restaurante. Garanto que as 3 vezes que fui no restaurante fui atendido por pessoas atenciosas e prestativas. Em uma delas, me ajudaram até a escolher um molho para acompanhar meu "Poulet", e isso conta muitos pontos em minha lista de preferências.

O que mais chama a atenção nesse restaurante é um conceito muito peculiar, que consiste na preocupação em servir uma comida boa e rápida. E vamos combinar: é um super desafio. Acredito que esse objetivo traçado vem sendo cumprido gradativamente e constantemente. 

No menu, há alguns itens clássicos da cozinha francesa. A exemplo do Entrecôte servido com algumas opções de molho (queijo, ervas e mostarda), Poulet e Croque Mousier. Há também algumas novidades, como o "Hot Dog Frances" e também algumas adaptações para o novo cardápio: "Costelinha ao molho Barbecue"

Hot Dog Frances
Atualmente, o restaurante acrescentou algumas novidades no cardápio, com a inclusão de novos pratos e algumas opções de combos para que o cliente possa montar sua própria refeição. Dos pratos que degustei, destaco a salada bistrô regada com molho de mostarda e mel, acompanhada de Croutôns, tomatinhos, alface fresca e cenoura ralada. O molho bem emulsificado pode ser sentido com perfeição, quando em contato com os pedações de pão crocante e o frescor da alface crespa e tomates. No conjunto completo, a salada pode muito bem acompanhar qualquer prato do cardápio.

Nos molhos disponíveis no cardápio, destacam-se o molho de queijos e o de mostarda. São excelentes acompanhamentos para o Poulet de 270 gramas levemente grelhado. As batatas fritas que acompanham as carnes são frescas, crocantes e sequinhas. O tomilho seco "polvilhado" ao redor dos pratos, casam-se muito bem como um tempero para as batatas.

Outro grande destaque da casa (o meu preferido) é a Batata Gratin ou Dauphinoise. Muito bem preparada, com porção generosa, toque de ervas e queijo parmesão bem gratinado. Uma combinação perfeita com qualquer prato do cardápio.

O que mais chama a atenção no restaurante, é a preocupação em fazer uma refeição um pouco mais elaborada. Ainda que o conceito dominante do restaurante seja o Fast-Food, a mecanização dos demais restaurantes deste conceito, parece que não é bem-vinda no Bistrô 55.

Quanto as novidades da casa, está o "Arroz Cremoso", que consistem em um arroz acompanhado de presunto, cenoura e tomilho, levemente regado com azeite.

Na foto: Batatas Fritas, Arroz cremoso e Croque Mousier
O Croque Mousier acompanha presunto, queijo, molho bechamel e um pão de brioche. É interessante, saboroso e cremoso. A combinação com batatas fritas é interessante e vale uma atenção. Já o arroz cremoso, não atendeu minhas expectativas. Estava esperando que o prato viesse na cremosidade de um risoto ou algo próximo. Mas, evidente, que não deixo de salientar que o sabor estava leve, sutil e fez uma excelente combinação com o Croque.

Um ponto a se destacar ficou para a sobremesa. A casa oferece mousse de chocolate e Crême Brulée. Experimentei o Brulée. Acredito que a sobremesa ainda será melhorada e sofrerá alguma modificação, ainda mais por se tratar de uma novidade no cardápio. A sobremesa veio servida tipicamente para um restaurante Fast-Food (Este foi o único momento que me fez sentir-se em um) em uma embalagem de alumínio. A crosta de açúcar da sobremesa estava fina e queimada, e o creme estava ligeiramente sem sabor. Este foi o único ponto negativo, mas que não apagou o brilho que as demais preparações trouxeram.

Crême Brulée

De certo, este restaurante será meu próximo ponto. Certamente, após essa experiencia, esse restaurante ganhou um pedaço do meu coração gastronomico. Claro que não posso deixar de mencionar que o preço é super acessível e as porções são bem servidas; Vale a visita. Recomendo!

Bistrô 55
Endereço: Avenida Paulista, 2064, Shopping Center 3, Cerqueira César.
Telefone: 3285-2458